1º CONGRESSO MUNDIAL DA FRENTE ÚNICA – UM SUCESSO! Uma declaração de guerra ao imperialismo, ao fascismo, às suas guerras e à destruição ambiental! Viva o Internacionalismo Proletário! Viva a Frente Única Internacional!
No passado mês de Setembro, dias 6 e 7, realizou-se na Alemanha o 1º Congresso Mundial da Frente Única Anti-imperialista e Antifascista Internacional, ou United Front (Frente Única) que superou as expectativas de debate, participação e unidade, contando com 124 organizações vindas de 46 países dos 4 continentes, somando mais de 600 pessoas, de entre as quais 2 Camaradas da nossa UMLP.
A realização do Congresso foi em si uma vitória para a nossa classe contra o governo alemão pois, dada a religião estatal anticomunista, foi barrada a atribuição de vistos e a entrada a mais de 30 pessoas de 18 países, deixando claro os valores reacionários que protegem com a sua "política externa baseada em valores".
"Sabemos pela história e pelos camaradas que vivem em países fascistas que o desmantelamento dos direitos e liberdades democráticas e a fascização do aparelho de Estado são sempre o início de um desenvolvimento intensificado da direita e do fascismo.
É por isso que dizemos: Resistam aos começos! Continuaremos a lutar por todos os participantes e somos solidários contra esta opressão!" - Resolução de protesto aprovada.
A iniciativa da construção da Frente Única Internacional havia sido desenvolvida pela ILPS e pela ICOR já em 2019, porém, dada a desconsideração da ILPS pela força da classe trabalhadora e a ênfase unilateral na luta de libertação nacional dos povos oprimidos, esta abandonou os esforços de construção da Frente.
O papel de liderança da classe trabalhadora internacional como espinha dorsal e força dirigente da Frente Única anti-imperialista é sublinhado na convocatória à construção da Frente Única. Para a UMLP, a construção desta Frente, que inclui sectores da sociedade ameaçados pelo Fascismo - pois o Fascismo oprime, não só a classe operária, mas também sectores mais vastos da sociedade - tem como espinha dorsal a Frente Única Proletária pois é ela o elemento mais activo e propulsor desta Frente e a sua constituição é da maior das importâncias.
Como tal, damos o nosso melhor contributo, orientando o nosso trabalho, na fase actual da luta de classes, na construção da Frente Única do Proletariado em Portugal, fomentando a unidade de acção nas questões singulares e a Frente Única em todas as questões essenciais, pondo de lado o que nos separa, temporariamente, fortalecendo assim a unidade no seio da classe trabalhadora. Por outras palavras: Em termos de forma, a nossa luta é Nacional, mas em termos de conteúdo é Internacional.
Por isso fazemos parte da ICOR e por isso integramos esta Frente Única Internacional.
Este 1º Congresso Mundial da Frente Única - em conjunto com a 3ª Conferência Internacional de Mineiros e a ICOR, uniu organizações revolucionárias socialistas de todo mundo, sindicalistas, refugiados, povos indígenas, activistas ambientais, jovens anti-imperialistas, movimentos de mulheres e até pessoas de inspiração religiosa - adquirirá um significado político mundial se as resoluções aprovadas forem postas em prática.
Nesse sentido, o socialismo não foi estipulado como condição prévia para a adesão à Frente Única pois restringiria desnecessariamente a sua amplitude. O apelo inclui o socialismo e apela a um debate estratégico contra o efeito corrosivo do anticomunismo "sobre a forma de lutar por uma sociedade livre de exploração e opressão".
O Congresso caracterizou-se por um elevado grau de unanimidade em todas as resoluções e moções propostas, uma forte cultura democrática de debate e a firme vontade de cooperação entre trabalhadores e povos de diferentes países para que a Frente seja mais forte que o monstro capitalista.
Através de Workshops e da "Unidade-Crítica-Unidade", a Frente Única demonstrou uma crescente unificação sobre a questão da formação de novos países imperialistas, que é um pano de fundo essencial do agravamento das contradições inter-imperialistas e dos crescentes pontos de guerra. Para alimentar esse debate, o Camarada fundador Stefan Engel disse-nos que "Como frente única anti-imperialista, lutamos contra o imperialismo. Mao Tse-Tung deu-nos o sábio conselho: "conhece o teu inimigo e conhece-te a ti próprio que poderás, sem riscos, travar um cento de batalhas". Se quisermos lutar eficazmente contra o imperialismo, temos de ter uma compreensão básica e clara da sua natureza e dos seus traços característicos, hoje."
Após a deliberação exaustiva de mais de 100 moções sobre a convocatória e os estatutos decididas democraticamente e num espírito de consenso, estas foram adoptados por unanimidade. A agora designada "Frente Única anti-imperialista internacional contra o fascismo, a guerra e a destruição do ambiente" ficou com a abreviatura de "United Front".
A eleição do novo Comité Consultivo, composto por nove membros, decorreu igualmente com grande unanimidade. Os seus membros são: Representantes da Turquia, da Alemanha, Peru, Sahara Ocidental, Chipre, representantes da África do Sul e da juventude anti-imperialista, de um país do Sudeste Asiático e da Rússia. Foram também eleitos três co-presidentes da juventude vindos do Nepal, do Peru e da Tunísia.
Edith Luz, do Peru, e Monika Gärtner-Engel, da Alemanha, foram eleitas co-presidentes da Frente Única por unanimidade e sem qualquer abstenção.
Por fim, foram adoptadas alterações ao programa de trabalho e aprovadas seis resoluções políticas. O programa de trabalho, com diversas jornadas de luta, brigadas de solidariedade ou mesmo um fundo de solidariedade financeira anti-imperialista, deixa claro: está a emergir aqui uma força internacionalista de ação prática, ao contrário da maioria das ONG que se concentra em declarações não vinculativas no papel. Também Frente Única se unificou em palavras e actos com base no princípio básico da independência financeira, que, ao contrário das ONG, garantiu assim a sua independência política.
Tomemos como nossa a "Convocatória da Frente Única" e "Construamos a frente única internacional anti-imperialista e antifascista contra a pilhagem imperialista, a intensificação da exploração do homem e da natureza, o terrorismo de Estado, a fascização, o fascismo, a intervenção militar estrangeira e as guerras de agressão! Pela libertação nacional e social, pela democracia, pela liberdade e por uma sociedade humana sem exploração e opressão!"