3 Anos de UMLP - Na Senda da Contrução do Partido Marxista-Leninista Português!

25-08-2023

Neste que foi o 3ª aniversário da fundação da UMLP – União Marxista-Leninista Portuguesa – referimos aqui, no geral, o que foi o cumprimento das tarefas e objectivos que nos propusemos para continuar na necessária luta pela construção do Partido Marxista-Leninista, o Partido que levará a nossa Classe ao poder. Pelo 3º ano consecutivo que a nossa reduzida organização Marxista-Leninista demonstrou que, apesar de todos os entraves que daí advêm, do revisionismo que circula pelo movimento comunista português e de todo o anticomunismo que se vai alimentando, os revolucionários não arredam pé e caminham para a frente e de cabeça erguida.

É com profundo pesar que comunicamos a perda do nosso querido Camarada Rainer, falecido a 26 de Abril. A morte do nosso querido Camarada, Irmão de Armas e Amigo Rainer representa uma enorme perda para o movimento revolucionário português mas também para o movimento revolucionário internacional, deixando-nos um legado exemplar para o movimento proletário e Marxista-Leninista. O Camarada Rainer é um exemplo máximo dos valores e ideais do proletariado, um exemplo cristalino de internacionalismo proletário pois dedicou toda a sua vida à luta da nossa classe e à construção do seu Partido, tanto em Portugal como na Alemanha. É por isso que, para além da sua morte nos golpear fortemente enquanto humanos, ela pesa-nos mais ainda politicamente.

A ambição proletária do Rainer, que punha a causa do proletário no centro da vida, e o seu grande espírito revolucionário exigem que superemos o choque e levemos avante as tarefas pelas quais dedicou toda a sua vida. Intensifiquemos o trabalho ideológico, político e organizacional na construção do Partido Revolucionário em Portugal, aliados à organização e liderança das lutas da nossa classe. Esta será a maior homenagem que lhe podemos fazer, e assim a faremos!

Saudações Vermelhas Camarada Rainer! Honra ao Camarada Rainer!

Como já referimos, apesar de todas as dificuldades, continuamos a levar a nossa linha política às ruas, às grandes manifestações de massas e laborais, distribuindo comunicados e fomentando o debate.

Em Junho de 2022, comprometidos com o internacionalismo proletário, prestámos solidariedade para com Ecevit Piroğlu, um revolucionário turco preso na Sérvia em 2021 e ainda em risco de ser extraditado para a Turquia onde enfrenta a tortura e a prisão ao abrigo da Lei do Terror. Na Turquia, não há garantia de segurança da sua vida!

Em Julho voltávamos à carga com Solidariedade Proletária para com os grevistas presos em Itália onde referíamos que "A crise económica está a aprofundar-se e os preparativos para a Terceira Guerra Mundial estão a tomar uma forma concreta. Os custos e a inflação crescentes são transferidos para os trabalhadores." Demonstrando que também em Portugal a reacção avança, "onde o governo suspende arbitrariamente o direito à greve com a requisição civil quando estão iminentes danos graves - o que significa danos graves para os lucros dos capitalistas, não para nós. Os estivadores, motoristas, enfermeiros, pilotos de aviação e outros têm vivido esta brutal repressão."

Também em Julho saímos às ruas com uma resolução "Inflação - Ferramenta do capital para atacar e roubar salários aos trabalhadores e massas!" onde expomos o que é e para que serve a inflação, "uma ferramenta especulativa de ataque que o capital tem a seu dispor. Tudo para que possam aumentar lucros e colocar nas costas dos trabalhadores e das massas o peso das crises por eles criadas, roubando ainda mais salário aos trabalhadores e isto serve apenas os mesmos de sempre: as empresas e o Estado que está subordinado a elas." e pedimos que se lute mesmo em tempos de crise e de forma organizada contra a transferência do fardo da Crise para as nossas costas e pela tributação progressiva e drástica de grandes empresas e fortunas! Afirmando também que a inflação só se resolverá quando avançarmos para o Socialismo! É que no Socialismo não se conhece inflação.

Em Agosto cumprimos com os nossos compromissos Internacionalistas e participámos no Dia de Luta da ICOR contra o perigo de Guerra Mundial Nuclear com uma resolução "Resistência Mundial contra o perigo de uma Terceira Guerra Mundial! Hiroshima adverte-nos: Combatamos a morte nuclear!" onde, através do relato do Inferno que foi Hiroshima e Nagasaki, advertimos para o perigo da escalada nuclear neste conflito Inter-Imperialista que se desenvolve no leste da Europa, rejeitando o "bom-senso" dos imperialistas no que toca ao belicismo e pedindo resistência activa contra a militarização da sociedade e a guerra imperialista.

Em Outubro voltámos a sair às ruas, às ruas do Porto, para distribuirmos o nosso comunicado "Ribeiro Santos - assassinado pela corrente mais reaccionária do capitalismo - o fascismo. Tomemos o seu exemplo na defesa do Marxismo-Leninismo e do Pensamento Mao Tse-Tung! Pelo Socialismo Verdadeiro!", assinalando assim os 50 anos do assassinato do Camarada Revolucionário Ribeiro Santos e afirmamos que "Enquanto houver capitalismo haverá o perigo de fascismo pois o parlamentarismo burguês carrega-o no ventre. Se queremos um dia realmente afirmar "fascismo nunca mais", esta é a altura de uma nova ofensiva pelo socialismo verdadeiro pois o anticomunismo e o fascismo querem roubar-nos a liberdade de pensar e lutar por um mundo novo."

Em Dezembro voltámos a marcar presença na Aldeia de Cambedo, onde distribuímos o nosso comunicado: "Viva a População de Cambedo! Viva o Povo Galego! Viva a Resistência Heroica e a Solidariedade Internacionalista e Antifascista dos Povos!", relembrando o cerco e bombardeamento a que foram sujeitos pelos regimes fascistas da Espanha e Portugal, pedindo para os dias de hoje "Nem um centímetro aos fascistas! Pela proibição de organizações fascistas!".

Ainda em Dezembro, vinculados pelo Internacionalismo Proletário, manifestámos o nosso mais profundo pesar pela perda do Camarada José Maria Sison, Ka JoMa, incansável Revolucionário Filipino e defensor do Marxismo-Leninismo e do Pensamento Mao Tse-Tung. Tomaremos sempre o seu grande exemplo revolucionário de entrega à causa de libertação do povo trabalhador e de todos os oprimidos, pelo futuro da humanidade, pelo comunismo.

Pela senda da Solidariedade Internacional, em Janeiro, prestámos absoluta solidariedade para com a legítima luta de libertação do povo Palestino, condenando a política de anexação de Israel como uma violação do direito internacional com o Comunicado "Palestina - Fim à agressão Sionista, Fim à ocupação - Pelo Direito à Autodeterminação! Viva a Solidariedade Internacional! e denunciando o exemplo de limpeza étnica e violência da ocupação israelita mas também que a ideologia fascista de anti-semitismo divide e distrai os trabalhadores do verdadeiro inimigo da classe operária - o imperialismo.

Um ano após o início desta guerra imperialista, voltámos a sair às ruas com a Resolução "Um ano de Guerra Imperialista na Europa - Resistência activa contra o perigo agudo de uma Guerra Mundial Nuclear! Nós não pagamos as vossas guerras - Nós levantamo-nos contra as vossas guerras!" e com um cartaz alusivo à guerra Inter-Imperialista. Na resolução exigíamos que, com a expansão da guerra económica global, devemos elevar a Luta contra a transferência dos custos da guerra e da crise para as costas dos trabalhadores e das massas e a luta pelo aumento salarial para compensar a inflação mas também "Nada de entrega de armas e apoio a guerras injustas!", pelo desenvolvimento de um novo movimento pela Paz com a construção da Frente Única Antifascista e Anti-imperialista, pela Resistência activa contra a ameaça de uma Terceira Guerra Mundial Nuclear e pela luta pelo Socialismo como alternativa à barbárie Capitalista.

Já em Março marcámos presença na Manifestação do Dia Nacional da Juventude Trabalhadora, organizada pela InterJovem/CGTP em Vila Nova de Gaia, com a distribuição do nosso Comunicado "A rebelião da juventude é justificada! As crises Económicas e Ambientais não podem continuar a roubar-nos o futuro! Lutemos mesmo em tempos de crise!" referindo que "Como UMLP, apoiamos a necessária rebelião da juventude na luta por direitos, contra qualquer despedimento, por aumentos salariais, melhores condições de trabalho, de habitação e de vida, por uma alternativa a este sistema opressor que nos rouba o futuro!" e com as Palavras de Ordem: A rebelião da juventude proletária é justificada! Contra a guerra injusta de ambos os lados e contra todos os imperialistas! Rússia e NATO - Mãos fora da Ucrânia! No capitalismo, somos roubados pela burguesia enquanto empobrecemos a trabalhar! A inflação só se resolverá quando avançarmos para o Socialismo! Lutamos por cada posto de trabalho! Só pela via da luta combativa e ofensiva é que podemos salvar postos de trabalho! Avancemos para a Greve Geral! Lutamos pela semana de 30 horas sem perda salarial! Avancemos para a luta combativa e ofensiva - travemos o agravamento da exploração! Unidade e solidariedade entre todos os jovens trabalhadores!

No dia 30 de Março, dia da Terra Palestina, a organização revolucionária mundial ICOR publicou um jornal online com o título: "A luta pela libertação da Palestina" nos mais variados idiomas e a UMLP deu o seu contributo para este jornal com a sua Resolução "Palestina - Fim à agressão Sionista, Fim à ocupação - Pelo Direito à Autodeterminação! Viva a Solidariedade Internacional!"

Neste 25 de Abril, voltámos a sair às ruas do Porto, com a distribuição do nosso Comunicado "Queremos Mais! Para além da defesa das conquistas de Abril, está na altura da ofensiva pela conquista da liberdade e democracia proletária!" onde defendíamos que "A UMLP representa a necessidade de uma Frente Única contra o fascismo e o imperialismo. Por isso, para além da defesa dos direitos burgueses, QUEREMOS MAIS, urge querer a democracia e liberdades proletárias que nos tirarão deste estado de escravatura. Queremos democracia para os oprimidos e explorados e para isso temos de por fim à liberdade capitalista de exploração! Queremos o que Marx e Engels chamaram de ditadura do proletariado! Queremos a Revolução Proletária! Queremos o Socialismo Verdadeiro!"

Neste 1º de Maio, saímos da zona do Porto e marcámos presença na acção da CGTP, em Guimarães, onde distribuímos o nosso comunicado "Viva o 1º de Maio! As Crises Económicas e Ambientais não podem continuar a roubar-nos o Futuro! Lutemos mesmo em tempos de crise!" onde pedíamos que se fizesse do 1º maio um dia de luta por direitos laborais, contra qualquer despedimento, por aumentos salariais, melhores condições de trabalho, de habitação e de vida, por uma alternativa a este sistema opressor que nos rouba o futuro! Defendemos os 4 pilares da ofensiva proletária como a Luta por cada posto de trabalho, a defesa de que só pela via da luta combativa e ofensiva é que podemos salvar postos de trabalho, o avanço para a Greve Geral e a luta pela semana de trabalho de 30 horas sem perda salarial. "Avancemos para uma ofensiva operária - Unidade e solidariedade entre todos os trabalhadores! Ajudemos a construir a organização revolucionária dos trabalhadores – Junta-te à UMLP! Proletários de todos os países e povos oprimidos, uni-vos!"

A nível teórico continuámos na senda do trabalho já iniciado à 2 anos através do desenvolvimento do nosso órgão teórico, o Flash M.L.. Nas edições deste ano expusémos o é afinal o Revisionismo, a nível geral, e o que é o revisionismo perpetrado em Portugal pelo PCP chegando à conclusão que "Independente das suas palavras o PCP vai, no máximo, até onde é aceitável para a burguesia.".

Dado o nosso trabalho de denúncia da linha errada do PCP e a nossa constante presença em acções do PCP e da CGTP, fomos alvo de difamação que constituía um obstáculo à nossa tarefa de construir a necessária Frente Única contra o Imperialismo e o crescente perigo fascista. Para tal, produzimos um Flash M.L. "Social-Fascistas - Repetição de velhos erros!" onde considerámos que a acusação de social-fascismo, a nós imputada, contra o PCP e os seus membros é falsa e prejudicial, reafirmando que rejeitamos a aplicação do conceito de social-fascismo ao PCP e que a a teoria do social-fascismo impede a forja da frente única do proletariado e é uma subestimação do perigo real do fascismo. Este foi o último Flash M.L. Teorizado, Coordenado e Produzido pelo nosso Querido Camarada Rainer. O Camarada dedicou toda a sua vida à libertação das massas da exploração e da opressão. Com a vida do Camarada aprendemos para que, no fim dos Dias, possamos dizer como o Soviético Nikolay Ostrovsky: "Toda a minha força, toda a minha vida, dediquei-a à coisa mais gloriosa do mundo, a luta pela libertação da humanidade".

Novamente este ano, apesar de todas as dificuldades que qualquer pequena organização tem – mais ainda uma Organização que se afirma de Marxista-Leninista - apesar da perda irreparável do nosso Querido Camarada Rainer, foi um ano positivo pela notória visibilidade da UMLP e crescente importância no que toca ao debate sobre a sociedade alternativa que pretendemos construir, junto das massas e dos trabalhadores.A luta mantém-se pelo necessário engrossar das nossas fileiras, pelo aumento da unidade ideológico-ploitica entre nós, pelo aumento de contactos e de pessoas que se revêm nas nossas resoluções e comunicados, pelo aumento da presença nas linhas da frente da luta de classes e pela defesa intransigente da Linha Marxista-Leninista e Pensamento Mao Tse-Tung, pela luta pelo Pensamento Proletário.

Um importante passo em frente para o desenvolvimento da Solidariedade Internacional e do fomento do Internacionalismo Proletário, a UMLP assumiu a militância na Frente Única Anti-Imperialista e Antifascista Internacional, sendo membro-fundadora de tão importante organização mundial poiscom a inflação predatória e, ao mesmo tempo, a intensificação interminável da guerra na Ucrânia, as potências imperialistas já começaram a preparar a guerra mundial nuclear, na qual os povos serão empurrados para um massacre.

Só uma frente de resistência activa na qual a classe operária seja a principal força pode travar este desenvolvimento e encaminhá-lo para uma perspectiva revolucionária. Encaminhar todas as forças para tal é da responsabilidade do movimento operário. É nossa tarefa ganhar companheiros de luta para isto.

O que demonstramos há já 3 anos é que em termos de forma, a nossa luta é Nacional, mas em termos de conteúdo é Internacional. Por isso fazemos parte da ICOR e por isso integramos a Frente Única Anti-Imperialista e Antifascista Internacional.

Com Rainer aprendemos e levaremos sempre avante o seu Lema:

"Para os trabalhadores, só o melhor é suficiente!".

Pela Construção do Partido Revolucionário em Portugal – Pela Construção do Partido Marxista-Leninista Português!