50 anos de ocupação colonial do Sahara ocidental. Pelo direito à autodeterminação do Povo Saharaui!
O Povo Saharaui continua a ser vítima da ocupação colonialista do Reino de Marrocos, que, com o apoio do imperialismo dos EUA e da UE, nega ao Sahara Ocidental o direito à autodeterminação, explora e comercializa os seus recursos naturais para enriquecimento da sua nobreza e burguesia e todos os imperialistas que o apoiam. Desde a sua fundação que a UMLP e a ICOR, desde a 4ª Conferência Mundial, apoiam a luta do povo saharaui contra o colonialismo.
A República Árabe Saharaui Democrática (RASD) também conhecida como Sahara Ocidental continua a ser vítima do colonialismo em África, depois de ter sido colonizada primeiro pela Espanha e posteriormente, até agora, pelo Reino de Marrocos. Esta ocupação, iniciada com a cumplicidade da Espanha, perpetua-se até hoje com o aval dos EUA, da União Europeia e de outras potências imperialistas.
Em 1973, a Frente POLISARIO foi formada e travou uma luta armada contra os colonialistas espanhóis, que foram obrigados a aceitar a organização de um referendo para a independência em 1975. Desde a invasão marroquina de 1975, o povo saharaui resiste heroicamente contra a violência e repressão colonial. A Frente POLISARIO, legítima representante da luta pela independência, enfrenta não apenas a repressão brutal do regime marroquino, mas também a inação criminosa da ONU, dominada pelos imperialistas que vetam qualquer possibilidade de referendo.
Sahara Ocidental: uma bola de ping-pong para os imperialistas
Os acordos comerciais entre Marrocos e a UE, que incluem a exploração ilegal dos recursos naturais saharauis, demonstram que o imperialismo europeu não hesita em compactuar com a ocupação para garantir os lucros dos seus monopólios. É fundamental que os saharauis e todos os povos oprimidos que lutam pela sua libertação se afastem das ilusões de uma solução dos estados imperialistas.
A posição dos EUA e de Israel, que sob a 1ª administração Trump, continuada por Biden, reconheceu a anexação ilegal do Sahara Ocidental, e o apoio da Espanha, França e Alemanha ao plano marroquino de "autonomia" em troca da "regulação dos fluxos migratórios no Mediterrâneo e Atlântico", são provas de que o colonialismo continua a ser um mecanismo de exploração defendido pelos países imperialistas.
O Reino de Marrocos não nega "apenas" o direito à autodeterminação, como mantém um regime de terror com prisões arbitrárias, tortura e assassinatos de militantes saharauis. O Muro da Vergonha, sugestão Israelita, tem 2700 Km e mais de 7 milhões de minas, é um símbolo da ocupação brutal e criminosa que continuam a matar e mutilar centenas de pessoas saharauis de ambos os lados do muro.
Diante da actual era de reacção dominada pelo imperialismo e neoliberalismo que criou problemas e dificuldades especiais à Frente POLISARIO, os revolucionários do mundo inteiro devem intensificar a solidariedade com o povo saharaui e denunciar os cúmplices do colonialismo marroquino. Não há solução dentro do imperialismo – a verdadeira libertação do Sahara Ocidental só poderá ser conquistada através da luta revolucionária e da resistência organizada.
Abaixo o colonialismo marroquino!
Abaixo os imperialistas cúmplices da ocupação!
Viva a luta do Povo Saharaui pela sua independência!
Pelo direito à autodeterminação e à libertação nacional do Sahara Ocidental!