A Luta dos Trabalhadores na Faurécia e a Necessidade de uma Resistência Colectiva Contra o Capitalismo!
Como UMLP, saudamos a greve dos trabalhadores da Faurécia, em Bragança, face à recusa da administração da empresa em atender os seus pedidos de um justo e pequeno aumento salarial de 75€ e pagamento de subsídios. Apesar dos grandes lucros da empresa nos últimos anos, + 100 milhões, a maioria dos trabalhadores ainda recebe o salário mínimo, sendo a unidade de Bragança a mais lucrativa do grupo, mas com os salários mais baixos.
A greve, que é a única linguagem que os patrões conhecem.
Porquê? Porque a fonte do seu lucro lhes seca se nos recusarmos a trabalhar. Eles sentem-no imediatamente nos bolsos. As negociações sobre sacrifício salarial são um beco sem saída.
A situação dos trabalhadores na Faurécia, braço da multinacional FORVIA, tem os seus trabalhadores a enfrentar salários de miséria enquanto a empresa regista lucros exorbitantes, é um exemplo gritante da desigualdade económica do sistema capitalista.
A justa greve dos Trabalhadores da Faurécia é a continuação dos protestos que ocorrem nos últimos anos devido à falta de progresso nas negociações salariais e na melhoria das precárias condições de trabalho. A resposta da empresa às justas reivindicações foi de apenas 30€, o que demonstra desprezo pelos trabalhadores e disposição em mantê-los sob forte exploração.
Contra esta intensificação da exploração e aumento dos custos de vida já não basta apenas tentar evitar o pior com tácticas defensivas. Temos de responder com uma contraofensiva:Por uma semana laboral de 30 horas sem perda salarial! Compensação salarial integral às custas dos lucros dos capitalistas!
Um dia de trabalho de 6 horas, 5 dias por semana como exigência negocial!
A luta nas ruas e fábricas é fundamental. Os trabalhadores na Faurécia estão a mostrar o caminho ao se organizarem e realizarem greves. A luta por melhores salários, por um complemento salarial e uma compensação face à inflação devem fazer parte da negociação coletiva.
Os sindicatos devem ser transformados em organizações de luta dos trabalhadores para fazer valer as nossas exigências diárias por melhores salários e condições de trabalho. Mas, isto não nos é suficiente, há que as articulas numa luta mais ampla pela transformação social.
A Faurécia é um de tantos exemplos de como o capitalismo perpetua a exploração e a desigualdade. Apesar de gerar grandes lucros, a empresa opta por manter os trabalhadores na pobreza salarial. Por Portugal inteiro, os trabalhadores enfrentam os mesmos desafios devido à ganância do lucro. Devemos construir a unidade entre nós, trabalhadores, sobre as questões importantes, caso contrário não teremos êxito na luta. Pela Unidade na Luta!
A Revolução Socialista em Portugal é uma necessidade histórica, e a luta na Faurécia é uma das muitas manifestações das contradições insustentáveis do capitalismo.
Somente através da ação coletiva e da organização revolucionária podemos alcançar uma sociedade que valorize o nosso trabalho. Não nos contentemos com pequenas melhorias laborais ou um mal menor que nos governe, mas procuremos uma ruptura radical com as relações de poder, onde o verdadeiro poder fique nas mãos da classe trabalhadora organizada. O partido revolucionário marxista-leninista é essencial nesse processo.
É imperativo que os trabalhadores da Faurécia Bragança se continuem a organizar e lutem pelos seus direitos apoiados por outros sectores em luta. Que Nenhuma Luta Fique Isolada!