Fortalecer a luta contra a criminosa febre do lítio! Salvar o meio ambiente da economia de lucro! Pela Unidade - Natureza e Humanidade!
Os AmigosICOR solidarizam-se e apelam ao fortalecimento da ampla resistência popular contra a destruição das aldeias e os seus solos férteis, perpetrada pelos interesses da economia de lucro por meio do seu ecologismo imperialista que apenas serve para alimentar as barrigas do capital internacional! Continuaremos a denunciar este crime contra a Natureza e Humanidade.
Sabemos que as febres mineiras em Portugal, nunca deixaram boas memórias e nada de bom auguram com estas suspeitas de corrupção, contratos de exploração sem estudo de impacto ambiental e as populações em finca-pé contra a economia de lucro e a sua destruição arbitrária de terras e aldeias.
As próprias empresas dizem "Não pagamos o estudo de impacto ambiental sem as garantias de concessão". Empresas estas como a Lusorecursos, envolta em irregularidades e pouca transparência - nada de novo na economia de lucro - onde o responsável é acusado de desviar 80 Milhões e com 32 crimes por responder. Até o próprio Observatório de Economia e Gestão de Fraude considera que "a exploração de lítio em Portugal não é viável e que o uso de fundos comunitários neste sentido pode ser considerado uma fraude".
Os municípios, como o de Montalegre, autorizaram sem questionar as populações, dando o seu parecer positivo e só se voltarão a pronunciar quando chegar o estudo de impacto ambiental, que é feito a mando da empresa, citando o presidente de Montalegre, " o fato é feito à medida". Para iludir as populações e os movimentos com "maior transparência", o Governo "dá" poder de veto e assentos em comissões de acompanhamento às Câmaras Municipais e movimentos cívicos porém, em concursos públicos, como o do lítio, o poder das câmaras/movimentos deixa de ser vinculativo, de nada vale.
Galamba/Estado não cometem "crimes" mas devem, "segundo a lei" capitalista, levar adiante este crime contra a Natureza e Humanidade!
Estado este que se desdobra em retórica para dar a volta ao assunto, atirando ao PSD o facto de ter aprovado estas minas já em 2012, nas quais dizem que "cumprem os compromissos dos anteriores governos" e "É uma obrigação do Estado segundo a Lei". Que Estado, que leis? Qual a diferença da sopa partidária que nos dão no parlamento burguês? Nenhuma. Temos até o Galamba que diz "teria cometido um crime" se tivesse revertido a exploração! Crime económico, mas pouco lhe importa o criminoso avanço contra a natureza e as populações. Fazendo das massas ignorantes, equipara ainda "as minas de lítio a céu aberto com pedreiras de Granito, como em Pedras Salgadas.
As pedreiras não têm lavarias (separação mineral), muito menos lavarias com ácido sulfúrico!
O impacto ambiental já é notório com os Quilos de lixo da prospecção que ficaram para trás e com a proibição das populações em remove-lo dos seus quintais, por ordem da DGEG! Estas minas a céu aberto mexem e secam lençóis freáticos, ameaçando o acesso à água por parte destas populações. Este risco é tão real que em Carvalhais, devido aos furos de prospecção (com 400 m de profundidade) acabou já por secar 3 nascentes e a aldeia de Rebordelo é já abastecida pelos Bombeiros!
Sabemos também que a barragem do Alto Rabagão, que abastece grande parte da região Norte, será afectada pois daí virá a água para a mina e o mais certo é que descargas "aconteçam" pois esta ficará a montante da barragem. Depois ainda o desplante da construção da Zona Industrial, com 200 hectares, encostada à nascente do Alto Rabagão. Zona esta que a população estava impedida de construir mas não as multinacionais.
Só no Barroso, já vão em mais de 800hectares concessionados (à Fortescue) e em todo o Portugal, já vão em mais de 10% do território. No Barroso, há aldeias onde só as casas é que não pertencem às áreas de prospecção! Não tarda, virá o Ministro do Ambiente dizer o mesmo que em Montemor-o-Velho aquando as cheias "As aldeias vão ter que ir pensando em mudar de sítio"! E quando o suposto Lítio arrancar e acabar, para onde vão as populações?
Governo Português - servo da União Europeia imperialista!
Este governo diz-nos que "sem lítio não há descarbonização", que "Portugal quer ser player importante no lítio", mas que este avanço e a possível construção da refinaria depende "das realidades do mercado". Ora este governo cumpre as funções do Imperialismo da UE e da sua farsa que é o ecologismo imperialista. Sobre-exploram trabalhadores e recursos naturais para prosseguirem com as suas políticas do ecologismo imperialista como a "Aliança Europeia para baterias", para que até 2030, a VW, BMW, Mercedes,.. produzam mais de 300 modelos diferentes de carros elétricos e híbridos, de forma a poderem digladiar-se com a China e os EUA pelo domínio dos mercados, agudizando assim as lutas inter- imperialistas. Basta ver 1ª grande vítima da Febre do Lítio, a Bolívia que como líder do mercado do lítio, definia o preço mundial do Lítio, sendo cobiçada por todas as potências imperialistas que acabaram agora por rasga-la a meio.
"Green Deal" da Von der Leyen - um acordo falso e imperialista
A ideia da "Neutralidade Carbónica" até 2050, da UE, significa nada mais do que aceitar a transição acelerada para a catástrofe ambiental global portanto, o "Acordo Verde"da UE é apenas o outro lado da recusa aberta a medidas mínimas de proteção ambiental. Com a injeção subterrânea de CO2 e a promoção de energia nuclear perigosa, a destruição ambiental torna-se num componente essencial deste plano. As empresas deverão receber centenas de milhões de euros em subsídios - os trabalhadores deverão pagar esse acordo com o aumento do preço do CO2. Portanto, o fardo será pago pelo trabalhador de uma maneira ou de outra, enquanto a economia de lucro é poupada em qualquer dos casos.
Chama-se a isto ecologismo imperialista. O que Von der Leyen e a Comissão da UE desejam alcançar acima de tudo, é uma nova edição recauchutada da derrotada fraude do ecologismo imperialista sobre a compatibilidade da economia e da ecologia capitalistas.
Por uma Frente de Unidade Combativa contra a destruição da Natureza e a economia de lucro!
A destruição arbitrária da unidade do homem e da natureza, a acelerada transição de uma crise ambiental para uma catástrofe ambiental global pelas mãos do capital financeiro dominante, pode ser interrompida e revertida com uma luta que mude a sociedade. A luta para proteger o meio ambiente toma, objectivamente, um carácter anti-imperialista. A luta ambiental regional e global, apenas será bem-sucedida se as massas se munirem de uma consciência anti-imperialista e de carácter internacionalista.
A luta pela "Mãe Natureza" nas nossas terras alavanca a motivação para liderar a luta pela superação revolucionária do imperialismo. Para restaurarmos e desenvolvermos a Unidade da Natureza e Humanidade, cerremos fileiras entre sindicatos combativos e a juventude ecologista, promovamos a tendência anti-capitalista, aumentemos a organização ancorada na perspectiva socialista.