Contra a repressão violenta e tentativa de silenciamento da luta, declaramos todo o nosso apoio e solidariedade aos companheiros motoristas dos STCP do Porto
Como União Marxista-Leninista Portuguesa, UMLP, manifestamos todo o nosso apoio e solidariedade para com o processo de luta organizada pelos Motoristas dos STCP do Porto que reivindicam aumentos salariais, contra o aumento provocatório de 50 cêntimos diários proposto pela Administração e pelo governo do capital.
A nossa organização repudia o terror estatal através dos instrumentos de repressão policial contra os companheiros motoristas que se deu após a tomada de assalto pelas forças repressivas do Centro de Recolha de Francos, local de concentração dos motoristas. A mando da administração dos STCP, os trabalhadores que se manifestavam de forma justificada foram ilegalmente impedidos de entrar nos seus locais de trabalho, sendo assim forçados a concentrar-se à entrada do Centro de Recolha, acabando depois por ser empurrados e agredidos pelas forças de repressão, a mando do governo.
Esta onda de repressão ordenada pela Administração dos STCP e pelo Estado burguês, está em linha com tudo o que já vimos destes governos PS/Costa que, para agradar à sua classe e permitir o seu aumento de capital, fez orelhas moucas ao facto dos salários e carreiras continuarem congelados, permitiu o aumento brutal dos números da precariedade e alterou leis laborais à mercê dos patrões e do capital, tudo para que se conseguisse um aumento da exploração, alimentado pela sede de lucros. Este governo reacionário foi quem mais utilizou a lei da requisição civil contra os vários sectores laborais em luta, enviando a Polícia de Intervenção para reprimir a luta dos Estivadores e abrir caminho aos fura-greves contratados pela Autoeuropa, garantidos pelo governo. Outra repressão violenta foi a dos Camionistas de Matérias Perigosas onde se chegou ao limite do terror estatal enquanto forçava trabalhadores a sair de casa e os ameaçava com perda de emprego e prisão caso não trabalhassem!
A verdade nua e crua é que o governo PS/Costa entrou em desespero com o eclodir de lutas laborais nos mais diversos sectores, sabendo que este é um claro sinal de que os trabalhadores portugueses se fartaram de estar na defensiva estratégica, com a consequente perda de direitos laborais, estando bloqueados e presos às promessas de diálogo e conciliação da paz social oferecida ao governo pelos seus aliados reformistas do PCP e BE.