Contra a repressão violenta e tentativa de silenciamento da luta, declaramos todo o nosso apoio e solidariedade aos companheiros motoristas dos STCP do Porto

14-08-2021

Como União Marxista-Leninista Portuguesa, UMLP, manifestamos todo o nosso apoio e solidariedade para com o processo de luta organizada pelos Motoristas dos STCP do Porto que reivindicam aumentos salariais, contra o aumento provocatório de 50 cêntimos diários proposto pela Administração e pelo governo do capital.

A nossa organização repudia o terror estatal através dos instrumentos de repressão policial contra os companheiros motoristas que se deu após a tomada de assalto pelas forças repressivas do Centro de Recolha de Francos, local de concentração dos motoristas. A mando da administração dos STCP, os trabalhadores que se manifestavam de forma justificada foram ilegalmente impedidos de entrar nos seus locais de trabalho, sendo assim forçados a concentrar-se à entrada do Centro de Recolha, acabando depois por ser empurrados e agredidos pelas forças de repressão, a mando do governo.

Esta onda de repressão ordenada pela Administração dos STCP e pelo Estado burguês, está em linha com tudo o que já vimos destes governos PS/Costa que, para agradar à sua classe e permitir o seu aumento de capital, fez orelhas moucas ao facto dos salários e carreiras continuarem congelados, permitiu o aumento brutal dos números da precariedade e alterou leis laborais à mercê dos patrões e do capital, tudo para que se conseguisse um aumento da exploração, alimentado pela sede de lucros. Este governo reacionário foi quem mais utilizou a lei da requisição civil contra os vários sectores laborais em luta, enviando a Polícia de Intervenção para reprimir a luta dos Estivadores e abrir caminho aos fura-greves contratados pela Autoeuropa, garantidos pelo governo. Outra repressão violenta foi a dos Camionistas de Matérias Perigosas onde se chegou ao limite do terror estatal enquanto forçava trabalhadores a sair de casa e os ameaçava com perda de emprego e prisão caso não trabalhassem!

A verdade nua e crua é que o governo PS/Costa entrou em desespero com o eclodir de lutas laborais nos mais diversos sectores, sabendo que este é um claro sinal de que os trabalhadores portugueses se fartaram de estar na defensiva estratégica, com a consequente perda de direitos laborais, estando bloqueados e presos às promessas de diálogo e conciliação da paz social oferecida ao governo pelos seus aliados reformistas do PCP e BE.

Abaixo a intimidação e repressão contra os sectores laborais em luta!

Lutemos mesmo em tempos de crise! Quem luta pode perder mas quem não luta já perdeu!

Pelo aumento geral dos salários!

Pelas 30 horas de trabalho semanais, sem perda de salários!

Pela unidade de todos os sectores laborais em luta!