Ebru Timtik não perdeu a vida na greve de fome mas foi assassinada!
A advogada Ebru Timtik faleceu após 238 dias de greve de fome. Com UMLP, declaramos as nossas condolências a todos os parentes e companheiros de campanha. Pela Solidariedade Internacional contra o fascismo de Erdogan!
Para evitar o funeral, as forças de "segurança" apreenderam o corpo transportaram-no para um centro comunitário alevita no distrito de Gazi (osmanpaşa).As pessoas que se interpuseram foram alvejadas com munições de plástico e não foi possível impedir a sua remoção. Apenas membros da família Ebrus e advogados tiveram permissão para entrar no centro comunitário em Gazi.
Ebru Timtik encontrava-se em estado crítico e avisava-se que só nos restavam minutos para a salvar. Talvez agora as pessoas se tenham habituado a ser chamadas a situações críticas, mas a sua situação era realmente crítica. Ebru perdeu a sua vida a lutar até ao seu último suspiro. Na verdade, ela não perdeu a sua vida, foi assassinada.
Dissemos apenas que se queria justiça. Quando foi raptada e levada para o hospital, nunca aceitaria tratamento nessas condições tão más e não queria confiar a sua vida a estas pessoas em quem não podia confiar. Exigimos a sua libertação, mas eles não nos ouviram.
Timtik é a quarta pessoa do julgamento do DHKP-C que morreu este ano, como resultado do jejum de morte. Helin Bölek, solista da banda de música Grup Yorum, faleceu a 3 de Abril. Ela tinha-se recusado a comer durante 288 dias em protesto contra a prisão de outros membros da banda e a proibição de concertos dos Grup Yorum. A 7 de Maio, o baixista dos Grup Yorum Ibrahim Gökçek morreu após uma greve de fome de 323 dias. Antes disso, o prisioneiro político Mustafa Koçak tinha morrido a 24 de Abril como resultado de uma privação de alimentos de 296 dias.
Não há mais tempo para Aytaç Ünsal
Recordando que não resta muito tempo para o advogado Aytaç Ünsal, Çağatay disse que Ünsal estava muito mais zangado depois de perder Ebru Timtik e acrescentou: "Não há necessidade de demasiadas palavras. Ou faremos algo hoje ou não faremos absolutamente nada. Aqueles que não agem hoje não devem vir aos nossos funerais".
"A nossa Ebru deu a sua vida sem hesitação, para que as pessoas deste país não voltassem a experimentar ilegalidades e injustiças"