Resistência Mundial contra o perigo de uma Terceira Guerra Mundial! Hiroshima adverte-nos: Combatamos a morte nuclear!

06-08-2022

Com o lançamento da primeira bomba atómica sobre a cidade japonesa de Hiroshima, a 6 de Agosto de 1945, os EUA abriram a era do medo dos povos aos horrores da guerra nuclear:

250.000 pessoas caíram instantaneamente pela terrível morte atómica. Ninguém sobreviveu nas imediações do ponto zero da explosão. Uma chocante fotografia mostra-nos dois degraus de granito, cuja superfície foi derretida pela radiação térmica. No local onde uma pessoa tinha estado sentada já só restava uma mancha escura. Nada sobrou do corpo do morto.

160.000 pessoas feridas pelo calor e pela radiação morreram lentamente numa morte agonizante. Outras incontáveis vítimas da contaminação radioactiva e seus filhos deformados tiveram de sofrer durante anos e décadas a fio.

  • O inferno continuou três dias depois!

A 9 de Agosto de 1945, os EUA lançaram uma segunda bomba sobre a cidade japonesa de Nagasaki. Isto era militarmente desnecessário pois a então revolucionária União Soviética, liderada por Estaline, tinha entrado na guerra. Os dias da guerra japonesa já estavam contados.

Cinicamente, o Presidente Truman dos EUA justificou assim o bombardeamento: "Precisávamos disto para encurtar o sofrimento da guerra".

Na verdade, a intenção era mostrar à União Soviética a força imperialista dos EUA e assim intimidá-la. Por isso, a União Soviética de Estaline, em 1949, e mais tarde a China revolucionária, de Mao Tse-Tung, construíram as suas próprias armas nucleares como resposta dissuasora a esta ameaça. Ao mesmo tempo, eles declararam que nunca seriam os primeiros a utilizá-la. Um país onde a classe operária detém o poder, ou seja, um país de Socialismo Verdadeiro, como a União Soviética de Estaline e a China de Mao Tse-Tung o eram em tempos, não tem qualquer interesse em ameaçar e oprimir outros povos.

  • A corrida das superpotências ao armamento nuclear

É do conhecimento geral que a acumulação de armas nucleares pelas potências imperialistas, incluindo a União Soviética, após ter traído o Socialismo em 1956, atingiu proporções inacreditáveis nas décadas seguintes. Actualmente, existem mais de 13.000 bombas nucleares nas mãos de nove potências imperialistas, as mais poderosas das quais são as bombas de hidrogénio. Cada bomba H tem o poder explosivo de vários milhares de bombas de Hiroshima. Isto vai para além de qualquer imaginação humana.

  • "Guerra nuclear limitada" - perigoso engano das massas

Numa troca de golpes nucleares, não haveria vitória, mas apenas a destruição geral do Planeta. Os imperialistas também o sabem. É por isso que estão a trabalhar desenfreadamente para desenvolver armas nucleares, biológicas e químicas, cuja utilização é para, no entanto, trazer uma suposta vantagem sobre o inimigo.

Desde a década de 1980 que têm vindo a seguir a ideia ilusória de uma guerra nuclear limitada com as chamadas armas nucleares "tácticas". Com termos como "mini-bombas nucleares" ou "projéteis de artilharia avançada ", tentam enganar as massas sobre o inferno nuclear e obter o seu apoio na utilização planeada destas armas.

Uma vez ultrapassado o limiar nuclear, a escalada para o uso de armas nucleares estratégicas é imparável. A ilusão dos estrategistas nucleares é acreditar que eles podem ser mais rápidos do que o inimigo.

  • Todos os imperialistas se recusam a assinar uma declaração obrigatória de renúncia à primeira utilização de armas nucleares.

A estratégia militar dos EUA baseia-se no pressuposto de que pode surpreender e eliminar o inimigo com um ataque nuclear. Por conseguinte, os EUA insistem explicitamente na sua estratégia em serem os primeiros na utilização de armas nucleares. Com os seus mísseis nucleares "Dark Eagle", poderiam alcançar e destruir Moscovo em 20 minutos. As tropas americanas, no quadro da NATO, estão actualmente a planear e a treinar isto.

O imperialismo russo está também a perseguir planos mais abrangentes com a sua invasão da Ucrânia. O Grande Império Czarista Russo vai ser ressuscitado com o neo-imperialismo russo moderno. Putin ameaçou o uso de armas "de que a história nunca soube". A doutrina militar russa não contém uma renúncia ao uso em primeiro de armas nucleares; pelo contrário até já permite o uso de armas nucleares se a segurança da Rússia for ameaçada por armas convencionais.

  • Esperança no "bom-senso" dos Imperialistas?

Muitas pessoas pensam que as partes em conflito não serão tão estúpidas ao ponto de utilizarem armas nucleares para criarem o perigo de se aniquilarem a elas mesmas. Mas não se trata de saber se são estúpidas ou espertas. Os países imperialistas estão sujeitos a leis de natureza económica e política que determinam as suas acções.

Por exemplo, após o colapso da União Soviética revisionista, a Rússia ficou com uma enorme riqueza de recursos naturais, mas apenas com uma relativamente pequena produção industrial. Isto não é suficiente para se tornar numa grande superpotência russa. Por outro lado, a Rússia tem o aparelho militar do tempo da União Soviética e é uma das duas maiores potências nucleares. Portanto, o interesse é dirigido a outros países como a Ucrânia.

Mesmo antes da guerra, a Ucrânia tinha-se tornado num ponto focal da luta de poder imperialista. Sob a pressão da crise económica e financeira global, os EUA e a UE pretendem também pilhar economicamente a Ucrânia. Para tal, têm-se esforçado há cerca de dez anos por colocar a Ucrânia sob a sua influência política. A NATO expandiu-se por todo o Leste até às fronteiras russas. As verdadeiras causas residem nesta luta imperialista. Elas não se limitam à questão da Ucrânia: Ao mesmo tempo, está a desenvolver-se uma luta feroz entre os EUA e a China, na qual a Rússia também está a tomar uma posição.

Ora Lenine tinha razão quando afirmou: Imperialismo significa guerra!

O perigo da Terceira Guerra Mundial não surge automaticamente dos confrontos entre as partes na guerra da Ucrânia. Mas se um dos lados decide utilizar armas nucleares, não se poderá travar a escalada para uma Terceira Guerra Mundial Nuclear. Nos dias de hoje, todas as organizações e partidos revolucionários da ICOR a nível mundial apelam à:

  • Resistência activa contra a militarização e a guerra imperialista!

Resistência activa - o que é que isso significa?

Ser muito crítico em relação à "reportagem" nos meios de comunicação social. Estes são mal utilizados como armas de guerra psicológica. Opor-se à militarização, defender a solidariedade com os povos ucraniano, russo e outros, e não com os seus governos. As greves dos trabalhadores na Itália e Grécia são um exemplo disso!

Lutemos pela proibição e destruição de todas as armas Nucleares, Biológicas e Químicas!

Resistência Mundial contra o perigo de uma Terceira Guerra Mundial Nuclear!
Pela Construção da Frente Anti-imperialista e Antifascista Internacional!

Proletários de todos os países e povos oprimidos - uni-vos!