Declaração da ICOR acerca dos acontecimentos na Bielorrússia
O regime de governação autoritário reaccionário-burguês de Lukashenko na Bielorrússia, que usa também terror aberto, caracteriza-se por estar e ser alheio ao povo Bielorrusso e com razão está a perder popularidade massivamente. Muitas cidadãs e cidadãos acreditam que foram cometidas violações dos procedimentos democráticos e uma fraude eleitoral massiva nas eleições presidenciais de 9 de Agosto. Isto provocou protestos pelos apoiantes da oposição, que reclamavam a vitória da sua candidata Tikhanovskaya. Tikhanovskaya é promovida por forças burguesas. O regime reagiu com violência policial desenfreada, causando um descontentamento generalizado. Devem ser investigados os casos de represálias brutais contra manifestantes e os responsáveis têm que ser responsabilizados.
Inicialmente, as ruas estavam dominadas pela pequeno-burguesia e por estudantes que se encontravam debaixo da sua influência. De seguida, os colectivos de trabalhadores juntaram-se aos protestos. Apesar da repressão massiva, as greves dos trabalhadores desenvolvem-se, nas mais variadas formas, como parte do movimento de protesto. As massas levam as suas legítimas reivindicações para as ruas, enquanto que se tenta influência-las de forma massiva, de vários lados. O carácter do movimento inclui diferentes correntes que devem ser avaliadas de maneira diferenciada. Por um lado há uma corrente espontânea e independente com acções combativas por parte da classe trabalhadora, na qual as forças de esquerda e revolucionárias procuram apoiar. Por outro lado, há a corrente, de momento provavelmente a mais forte, a liderar o movimento, tratando-se da oposição burguesa e liberal, que está orientada em torno da UE e é influenciada e parcialmente controlada por ela; sendo reaccionária e em parte até ultra-reaccionária. Exige a privatização massiva e o acesso ao país, sem entraves, do capital imperialista. A sede por lucros das corporações incita à intervenção do imperialismo europeu, norte-americano e russo.
No confronto entre os interesses das diferentes potências imperialistas com os seus representantes na Bielorrússia, tentam usar as massas como peões. O povo e o proletariado da Bielorrússia só poderão ganhar se forem capazes de formular as suas próprias reivindicações, dirigir a luta pelos seus interesses e intervir de forma organizada para tomar o poder nas suas próprias mãos.
Saudamos portanto, os esforços correspondentes dos comunistas neste sentido. Todos devemos apoiar os trabalhadores bielorrussos na sua organização de classe e à organização da ICOR para lutar pelos seus interesses e pela construção socialista da sociedade.
Um fortalecimento da ICOR e da Frente Única Anti-imperialista e Antifascista Internacional significa fortalecer as possibilidades de vitória em todo o mundo.
Pelo direito à autodeterminação dos povos contra qualquer ingerência!Não à violência policial! Liberdade para os presos políticos progressistas! Não à privatização e despedimentos!Proletários de todos os países, uni-vos!Pela democracia, liberdade e socialismo!
Signatários (estado a 22 de Setembro de 2020, são possíveis mais signatários):
- PCPCIParti Communiste Proletarien de Côte d'Ivoire (Partido Comunista Proletário da Costa do Marfim)
- ORCOrganisation Révolutionnaire du Congo (Organização Revolucionária do Congo)
- UPC-ManidemUnion des Populations du Cameroun - Manifeste National pour l'Instauration de la Démocratie (União das Populações dos Camarões - Manifesto nacional para o estabelecimento da democracia)
- MMLPLMoroccan Marxist-Leninist Proletarian Line (Marxistas-Leninistas Marroquinos, Linha Proletária)
- CPSA(ML)Communist Party of South Africa (Marxist-Leninist) (Partido Comunista da África do Sul (Marxista-Leninista))
- PCTParti Comuniste du Togo (Partido Comunista do Togo)
- PPDSParti Patriotique Démocratique Socialiste (Partido Patriótico Democrático Socialista), Tunísia
- MLOAMarxist-Leninist Organization of Afghanistan (Organização Marxista-Leninista do Afeganistão)
- CPBCommunist Party of Bangladesh (Partido Comunista do Bangladesh)
- CPI(ML)RedStarCommunist Party of India (Marxist-Leninist) Red Star (Partido Comunista da Índia (Marxista-Leninista) Estrela Vermelha)
- NCP(Mashal) Nepal Communist Party (Mashal) (Partido Comunista do Nepal (Mashal))
- PPRFPatriotic Peoples Republican Front of Nepal (Frente Republicana do Povo Patriótico do Nepal)
- CPA/MLCommunist Party of Australia (Marxist-Leninist) (Partido Comunista da Austrália (Marxista-Leninista))
- KrasnyjKlinGruppa Kommunistov-Revoljucionerov "Krasnyj Klin" (Grupo de Revolucionários Comunistas "Krasnyj Klin" [Cunha Vermelha]), Bielorrússia
- PR-ByHPartija Rada - ByH (Partido trabalhista - Bósnia e Herzegovina)
- MLPDMarxistisch-Leninistische Partei Deutschlands (Partido Marxista-Leninista da Alemanha)
- UCLyonUnité Communiste Lyon (Unidade Comunista de Lyon), França
- UPMLUnion Prolétarienne Marxiste-Léniniste (União Marxista-Leninista Proletária), França
- BP(NK-T)Bolşevik Parti (Kuzey Kürdistan-Türkiye) (Partido Bolchevique (Curdistão do Norte- Turquia))
- KOLKommunistische Organisation Luxemburg (Organização Comunista do Luxemburgo)
- RM Rode Morgen (Amanhecer Vermelho), Países Baixos
- MLPMarksistsko-Leninskaja Platforma (Plataforma Marxista-Leninista), Rússia
- MLGSMarxistisch-Leninistische Gruppe Schweiz (Grupo Marxista-Leninista da Suíça)
- KSC-CSSPKomunisticka Strana Cheskoslovenska - Cheskoslovenska Strana Prace (Partido Comunista de Checoslováquia - Partido Operário Checoslovaco), República Checa
- MLKPMarxist-Leninist Komünist Parti Türkiye / Kürdistan (Partido Marxista-Leninista da Turquia/ Curdistão)
- KSRDKoordinazionnyj Sowjet Rabotschewo Dvizhenija (Concelho de Coordenação do Movimento da Classe Trabalhadora), Ucrânia
- PCC-M Partido Comunista da Colômbia - Maoista
- PCP(independiente) Partido Comunista Paraguaio (independente)
- BDPBloco democrático Popular, Peru
- PC(ML) Partido Comunista (Marxista-Leninista), República Dominicana
- PCR-UPartido Comunista Revolucionário do Uruguai
- PS-GdTPlataforma Socialista - Golpe de Timón, Venezuela