Viva o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora! Viva a Luta Antifascista e Socialista! Contra o Fascismo o risco da guerra mundial, pelos direitos das Mulheres e pela sua libertação!

O Dia Internacional da Mulher Trabalhadora celebra-se este ano num turbilhão de acontecimentos mundiais que desafiam o movimento combativo das mulheres a fortalecer alianças amplas e a intensificar as suas atividades por uma nova sociedade. A luta contra o fascismo, as guerras, o perigo da guerra mundial e pela libertação das mulheres estão no centro das mobilizações deste ano.
A crise económica e financeira global, intensificada desde 2018, tem sido acompanhada por desastres ambientais e pelo crescente risco de uma terceira guerra mundial. O imperialismo avança com a sua política de domínio e repressão, enquanto partidos e regimes fascistas ganham força, ameaçando as conquistas históricas do movimento dos trabalhadores e das mulheres. Fascistas como Trump, Milei e partidos como o CHEGA e outros movimentos reacionários, procuram impor um retrocesso brutal, promovendo um modelo patriarcal que escraviza as mulheres sob o pretexto da "tradição familiar".
As mulheres trabalhadoras resistem!
Inspiradas por Clara Zetkin, que reconheceu o perigo do fascismo e defendeu a luta militante pela igualdade e pela paz, as mulheres devem erguer as suas vozes e cerrar fileiras contra os seus exploradores e opressores. Tal como em 1910, quando o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora foi proclamado, hoje reafirmamos que só a superação do capitalismo e a construção do socialismo podem garantir a verdadeira emancipação da Mulher, da nossa classe e de toda a Sociedade.
O capitalismo impõe miséria, exploração e opressão!
As mulheres continuam as mais prejudicadas pelas crises do capitalismo: sofrem com os salários mais baixos, com a dupla jornada de trabalho, com a exploração sexual e com o aumento de feminicídios. Nos serviços públicos, onde a maioria das trabalhadoras está empregada, os salários são migalhas, enquanto milhões são destinados à militarização e preparação para novas guerras imperialistas.
As mobilizações proletárias ao redor do mundo demonstram que só a luta é o caminho: as crescentes greves, as paralisações industriais na Europa e os protestos massivos na América Latina indicam que a resistência cresce e precisa ser ampliada. A unidade entre homens e mulheres trabalhadores é essencial para derrotar a exploração capitalista e o fascismo.
Para quem trabalha, pouco lhe importa qual a identidade de género ou orientação sexual do Patrão, pois ele é o inimigo explorador de toda a nossa classe.
A crise da ordem familiar burguesa
O capitalismo impõe maioritariamente às mulheres a responsabilidade sobre o cuidado das crianças e dos idosos, enquanto os serviços sociais são enfraquecidos. A "família tradicional" é usada como ferramenta para a exploração da sociedade e das mulheres, garantindo ao Sistema capitalista a reprodução da força de trabalho sem custos para os patrões. Por isso, defendemos sem ilusões da sua limitação no quadro capitalista:
- Assistência infantil com Creches e escolas públicas, gratuitas e de qualidade e alívio para as mulheres das tarefas de reprodução dos trabalhadores;
- Licença de maternidade ampliada e igualitária para ambos os géneros;
- Acesso gratuito a cuidados de Saúde, Alimentação e Habitação;
- 30 Horas de trabalho semanal – sem perda salarial;
Pelo direito ao aborto seguro e gratuito! Pela defesa das mulheres contra a violência sexual!
Os governos reacionários procuram criminalizar o aborto, controlando os corpos das mulheres e impondo retrocessos históricos. A legalização do aborto tem de ser um direito fundamental de todas as mulheres, assim como o combate ao feminicídio, à exploração sexual e ao tráfico de seres-humanos.
A Frente Única antifascista e revolucionária está na ordem do dia!
Os fascistas tentam dividir e desmobilizar a classe trabalhadora, utilizando o nacionalismo, o ódio ao imigrante, o racismo e a LGBTfobia como armas de controlo social. A história mostra que se o fascismo avança, a opressão contra as mulheres intensifica-se.
Por isso, é fundamental que todas as mulheres progressistas, antifascistas e revolucionárias se unam, superando diferenças secundárias para fortalecer um bloco de lutas capaz de derrotar o fascismo e o seu ventre capitalista.
Por um 8 de Março militante e combativo!
Neste 8 de Março, convocamos todas as mulheres trabalhadoras a tomarem as ruas e as fábricas contra as políticas imperialistas, contra a exploração capitalista e contra os governos e partidos reacionários!
- Pelo derrube do capitalismo e a construção do socialismo!
- Pela igualdade real e o fim da exploração das mulheres!
- Pela derrota do fascismo e de todos os seus aliados!
- Pela autodeterminação dos povos e pela paz entre os trabalhadores!
A emancipação das mulheres só será possível com a superação revolucionária do capitalismo!
